"Existem
pessoas capazes da mais rasteira malícia por propósitos que me escapam. Pessoas
que usam cada grama de uma hipocrisia imensa para fazer desfilar uma série de
(julgam eles) pequenos actos que deixam os destinatários sem reacção. Existem
pessoas capazes de justificar, por uma soberba idiota e um senso de cobardia
insustentável, cada atitude em detrimento de algo que não seja o próprio.
Justificam-se por uma pretensa superioridade que tem como suporte apenas uma
espécie de poder artificial, onde concorrem apenas as relações hierárquicas de
sobrevivência ou a ameaça de violência. Justificam-se pela ilegitimidade de quem
simplesmente acha que se for feito por si, está justificado, e ponto final.
A maldade,
que a mim sempre me apareceu vestida como um egoísmo absurdamente potenciado, é
real, e há quem o faça sem qualquer condicionamento, razão, ou justificação.
Como a estupidez, parece justificar-se a si mesma na cegueira própria dos doidos
que se corrompem a si mesmos à custa daquilo que espoliam a outrem.
Algumas
pessoas simplesmente tiram sem autorização, concluem sem argumentos, usam sem
cuidado, e destroem sem ser como consequência de uma
ameaça."
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